Depois de superado o drama da traição, Kristen Stewart e Robert Pattinson estão confirmados na turnê mundial de divulgação do filme "Amanhecer - Parte 2", de acordo com o site Deadline. Os atores do último filme da saga "Crepúsculo" vão passar por 11 países do globo até a estreia mundial, qua acontece dia 16 de novembro.
Para felicidade dos fãs brasileiros, o site dá como certa a vinda dos atores ao país, mais precisamente no Rio de Janeiro. Até o momento sabe-se que Los Angeles, Madri e Berlim vão contar com a presença do casal.
Em sua primeira aparição pública após o escândalo da separação, Kristen revelou que estava "tudo bem" em sua relação com Pattinson. De acordo com vários sites de notícia e amigos próximos, os intérpretes de Bella e Edward já teriam se reconciliado, exibindo até mesmo uma aliança.
Depois dos boatos de que Kristen Stewart se reconciliou com o ex Robert Pattinson, a atriz apareceu usando uma aliança no dedo no aeroporto de Los Angeles na sexta-feira, dia 28.
O casal já estaria morando junto novamente, mas, de acordo com a revista "US Weekly", a relação entre os dois estaria longe de ser como era antes da traição de Kristen com o diretor Ruppert Sanders. "Robert está muito sensível e inseguro agora", disse uma fonte à publicação.
Anteriormente, outra publicação informou que a morena revelou à Pattinson que não dormiu com o diretor e este seria o motivo pelo qual os dois teriam voltado e o ator a perdoado.
"Kristencontou que se envolveu com o diretor Rupert Sanders nos bastidores das gravações do filme `Branca de Neve e o Caçador`, mas que nunca dormiu com ele. Robert não acreditou no início, mas com o passar do tempo resolveu aceitar a ideia. Kristen deu as suas senhas do e-mail e das mensagens de voz para Robert para provar que não estava escondendo nada dele", informou uma fonte ao site Radar Online.
Por conta do, digamos, affair entre Kristen Stewart e o diretor Rupert Sanders, acreditava-se que a continuação de "Branca de Neve e o Caçador" teria muito mais Caçador que Branca de Neve. A Universal, com medo da ira das fãs da "Saga Crepúsculo", se apressou em negar os boatos, afirmando que a continuação teria mais espaço para o Caçador, mas que uma participação de Kristen era esperada.
Mas agora, durante a divulgação de "saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 2", que estreia já na semana que vem, Kristen acabou dando um alento para quem se encantou com sua interpretação da princesa. Quando perguntada sobre sua volta, ela disse que “não há certeza nem nada do gênero, mas eu acho que tem uma possibilidade muito forte.”
Com tudo isso, já não é mais certeza que Sanders permaneça no posto, especialmente porque ele já está negociando para assumir o reboot de “Van Helsing” que será estrelado por Tom Cruise. O roteiro de “Branca de Neve e o Caçador 2” será escrito por David Koepp, de “Missão Impossível”.
Com “Argo”, Ben Affleck deixa de ser um dos diretores mais promissores trabalhando em Hollywood, para se tornar um dos melhores diretores trabalhando em Hollywood. Sua trajetória por trás das câmeras sempre foi uma possibilidade, desde que estourou coescrevendo, junto de Matt Damon, o roteiro de “Gênio Indomável”, e ganhando um Oscar por isso. Ali ele já demonstrava boa mão para a narrativa, mas resolveu focar em sua carreira como ator. Felizmente, mudou de ideia alguns anos atrás, fazendo o bom “Medo da Verdade” e o ótimo “Atração Perigosa”. Mas “Argo”, seu terceiro filme, está em outro patamar.
O longa é baseado em um artigo publicado na revista “Wired”, chamado “How CIA Used a Fake Sci-Fi Flick to Rescue American from Tehran” (algo no sentido de “Como a CIA usou um filme falso de ficção científica para resgatar americanos de Teerã”). No final dos anos 70, início dos 80, um golpe de estado comandado por religiosos de maioria xiita depõe o xá do Irã, que possuía apoio dos EUA (interessado nas concessões de petróleo), colocando no poder o aiatolá Khomeini.
Esse golpe cria um sentimento nacionalista tão intenso que o povo invade a embaixada dos EUA em Teerã, fazendo todos os diplomatas reféns. Mas seis conseguem escapar e acabam se refugiando na casa do embaixador do Canadá. A CIA então coloca seu especialista em resgates, personagem de Affleck, para cuidar do caso. A sua solução é forjar a produção de um filme, uma ficção científica, e colocar os refugiados como parte da equipe. E sim, isso aconteceu de verdade.
“Argo” começa emulando um documentário historiográfico, reconstruindo cenas e apresentando dados da época para situar o espectador. Armado o cenário com os americanos feitos reféns e com o plano da CIA em andamento, entra em cena um novo filme, que se assemelha mais a um “11 Homens e um Segredo” (o fato de George Clooney ser produtor de “Argo” ajuda nisso), que envolve a passagem por Hollywood. Entram em cena os alívios cômicos, encarnados por John Goodman e Alan Arkin. É quando o filme se permite rir um pouco da própria Hollywood e seu esquema de produção. Quando o plano precisa ser colocado em ação, na terceira parte, o longa se transforma completamente em um thriller de espionagem, com toda a tensão do jogo de gato e rato que é típica dos melhores representantes do gênero.
Os diferentes ritmos e estilos para se conduzir a narrativa são entrelaçados com suavidade, sem causar ruído, o que acaba sendo mais uma prova do bom trabalho de Affleck. Ele também tem segurança para extrair o melhor de cada um dos seus ótimos atores, que se entregam em uma reconstrução de figurinos e penteados deliciosamente setentistas (os hipsters invejarão alguns eventuais óculos e bigodes que passam pela tela). Na passagem hollywoodiana, ainda sobram algumas belas referências visuais a “Flash Gordon” e “Star Wars” (que, descobrimos no final, é usado mais como memória afetiva do que como paródia).
Os destaques óbvios vão para os já citados Arkin e Goodman, com Bryan Cranston correndo por fora e roubando cenas, como em “Drive” ou “O Vingador do Futuro”, especialmente por imprimirem algum humor sem causar nenhuma discrepância com o tom geral do filme. Apontar outros atores, porém, seria injusto com o restante do elenco, que trabalha bem afiado. Seja um ator hollywoodiano, seja um dos diplomatas refugiados.
Ainda assim, Affleck entrega uma bela performance. E é engraçado pensar que, como ele também estava muito bem em “Atração Perigosa”, parece ser o único diretor que consegue arrancar uma boa atuação de si mesmo. Gus Van Saint, no já citado “Gênio Indomável”, talvez tenha sido o que chegou mais perto de tirar de Affleck uma interpretação deste porte. Ele talvez estivesse, esse tempo todo, escondendo o jogo, guardando o melhor de si para quando pudesse beneficiar a si mesmo. Se for o caso, para filmes como “Argo”, valeu termos todos passado por “Armageddon”.
“Marcados para Morrer” não necessariamente inaugura um segmento em Hollywood, mas faz bom uso de um novo elemento (a câmera subjetiva) para explorar com profundidade uma história policial. Tensão, suspense, ação e drama são dosados com qualidade sob o texto ágil de David Ayer e sua direção profícua. Em certos aspectos, o filme se aproxima de “Dia de Treinamento”, “Cidade de Deus” e até “Tropa de Elite”, e chega em bom momento ao Brasil (estreou em setembro nos EUA), já com condições de ampliar o debate ao redor da questão policial vide os últimos acontecimentos em São Paulo.
No filme, Taylor (Jake Gyllenhaal) e Zavala (Michael Peña) são policiais com tino para o negócio. São patrulhas das violentas ruas de Los Angeles, dominadas por nacos do narcotráfico disputados por negros, latinos e coadjuvantes. Condecorados pela corporação pela excelência em campo, aos poucos se veem visados pela quadrilha mexicana após investigações suspeitas. Toda ação acompanhada pelas câmeras subjetivas dos uniformes, pelas mãos de Taylor e de uma visão objetiva muito próxima dos atores.
A química entre a dupla, um imigrante mexicano e um americano branco típico, funciona com naturalidade impressionante. Gyllenhaal e Peña passam longe do amadorismo nas telonas e tiram de letra até o "amadorismo" que a câmera subjetiva pressupõe, com irreverência, sutileza e tensão. A singularidade das atuações lembra a câmera na arma de um game como “Splinter Cell”. Ayer explora todos os lados dessa relação sem soar pedante nem apelativo quando envolve a família. É uma história forte como qualquer cotidiano policial.
O dia a dia aparece em “Marcados para Morrer” sem soar utópico ou apelativo. Sem pressupor o heroísmo dos policiais e condicionar a malfeitoria do tráfico à simplicidade. Ayer usa no filme muitos dos elementos que explorou no roteiro de “Dia de Treinamento” para contar esse jogo podre que envolve política, corrupção e violência. Como levar um policial com família a essa adrenalina? Há fim para o combate ao tráfico, para a exploração das crianças e da favelização (ainda que lá o fenômeno aconteça nos chamados subúrbios)? Há fim para a corrupção fácil?
Em certos aspectos, “Marcados para Morrer” também se equipara às coberturas televisivas das perseguições e da própria polícia. Ao usar essa câmera para entrar nas cenas (becos, casas escuras, ruas sem luz), Ayer expõe os problemas de perto, a imersão do cotidiano, pontos desfocados e visão distorcida. Também a imagem que incomoda, que intimida, que pressupõe radicalismo.
E é em alguns aspectos dessa exploração que o filme se perde. As filmagens de Taylor são explicadas como “um trabalho”, que efetivamente não chega a ser explicado. O uso dessa câmera de mão em seu relacionamento com Janet (Anna Kendrick, passagem curta mas impositiva) e na própria academia soam irresponsáveis num roteiro marcado pela seriedade. As câmeras a bordo do carro e no uniforme, assim como a objetiva de Ayer, funcionam muito melhor na ação. Isso porque o diretor nunca deixa a imagem se distanciar.
“Marcados para Morrer” sofre críticas por ter estigmatizado a condição das gangues e dos latinos/negros, assim como “Cidade de Deus” sofreu ao ser chamado de “filme brasileiro de favela apelativo”, mas o roteiro não se dispõe a jogar essa troca de farpas. Polícia, negros e latinos são retratados com defeitos e muitos palavrões. Fora dos estúdios, o longa não se furta ao falar das ruas.
A única condição de “Marcados para Morrer” é aperfeiçoar o cinema policial sem uma mensagem de créditos feliz. É simples e direto. Cinema de primeira.